sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cheguei a casa


Cheguei a casa cansado, ou antes, irritado, coisas de trabalho que nem sempre ficam à porta.
Entrei e não ouvi nada, pensei que não estivesses em casa, ia preparar-me para um duche e depois uma bebida qualquer enquanto te esperava.
Mas ao passar pela porta da sala vi-te! Deitada no sofá, uma camisa entreaberta, as cuequinhas vestidas, um braço dobrado por baixo da cabeça, o outro estendido ao longo do corpo, os olhos fechados. O redondo das tuas mamas espreitou-me por dentro da camisa, estavam nuas. De repente, senti uma erecção estonteante! Eras um retrato, eras uma pintura, eras uma deusa assim deitada. Fiquei indeciso! Estarias mesmo a descansar?! Precisarias de estar assim, sozinha?! Não me perguntei mais, respondi a mim próprio que não e dirigi-me a ti. Despi-me enquanto caminhei e deitei-me nu, em cima de ti. Sem tomar banho, mas sei que gostas do cheiro do meu corpo. O hábito da minha presença fez com que não te assustasses. O teu braço desalinhou-se do corpo e abraçou-me. "Estás bem, meu amor?", perguntei-te e tu, sem nada dizeres, disseste que sim! "Perdoa-me, não resisto" e tu abriste um pouco as pernas, depois abraçaste-me com elas, suave abraço de coxas quentes, procuraste a minha boca com a tua e eu introduzi o meu caralho na tua coninha já despida. Deixei-me ficar sossegado, deixaste-te ficar quieta. Só abraçados, eu dentro de ti.
Depois, porque os corpos assim o decidiram, dancei devagarinho em cima de ti, acompanhaste-me todos os passos da dança e, sem movimentos desenfreados, sem gritos, sem ansiedades, numa dança de veludo, esporrei-me dentro de ti, recebeste-me com a pressão dos teus braços à volta do meu corpo, a tua boca sem deixar a minha, o teu corpo retesado contra o meu, só a respiração se acelerou um pouco, a minha e a tua..
"Perdoa-me, meu amor, não resisti quando te vi assim, tão bela, tão tranquila, tão serena" e tu disseste-me "Ai de ti se resistisses!", "Posso ir tomar banho?" perguntei-te, "Deves!" respondeste tu e pediste-me, "Traz-me primeiro um copo meio de vinho tinto dessa garrafa que está em cima da mesa", "Sim, meu amor, volto já com o teu vinho, vou ser Baco para ti, por um momento, alguma vez havia de ser um deus, calha hoje", sorriste e depois o tempo passou e a hora de jantar chegou.
Perguntaste-me então, já tinha chegado o tempo da fruta, "Que foi que se passou? Bem vi que não vinhas bem!", "Como foi que viste, de olhos fechados?", "Já te vejo sem precisar de te olhar!" e fiquei comovido!

10 comentários:

Casal do Arrocha disse...

Que lindo!
Bjs.

Baci disse...

Um final de dia de trabalho em grande...

Sacerdotisa disse...

Amiga T, que sintonia é essa? "Já te vejo sem precisar de te olhar!"

Beijos...

T disse...

S. meu amor..meu homem, namorado, marido, amante, minha paixão, minha infinita tesão.. só posso dizer-te que me apaixonas a cada dia que passa, que sabes como chegar a mim como ninguem, que quero chegar a ti cada vez melhor!


Conheço-te.Quero-te.Amo-te!

ps: eu tenho tanta dificuldade em descrever um momento e tu faze-lo com arte, alma, exactidão, perfeito!

Amo-te!

S disse...

Amo-te. E espero por ti!

DESIRE disse...

Adorei!
Beijos prometidos

S disse...

Bem vinda, Desire, em meu nome e da minha T.

Beijinhos.

Bernardo Lupi disse...

A vossa cumplicidade e afecto são invejáveis...
Uma semana para vocês!

T disse...

Obrigada pelos vossos mimos! :)
Gostamos de vos ter por ca!

Desire, bem-vinda* Volta sempre!


beijos a todos, em especial ao meu S. que amo na eternidade do nosso desejo, fidelidade, dádiva!

Seline disse...

Que delícia de relato... dá para nos perdermos...
Mais que o desejo e a paixão, que são claros, sobressai a vossa cumplicidade, o vosso Amor.
Beijos meus queridos