
Olhas para mim, daí desse sofá onde te recostas e me contas, quase a fazer beicinho, de um mal-entendido com uma amiga. Vestes uma camisa de dormir que não te tapa, os pés descalços, o cabelo caído... Olhas para mim e vês-me sentado numa cadeira onde me recosto, vestido com uma t-shirt, portanto nu, e com a mão direita acaricio o meu/teu caralho, teso, a cabeça vermelha que por enquanto parece um morango, mas assim que os teus lábios se apropriarem dela, é morango mesmo de verdade. Fazes mais beicinho porque, dizes, "Não estás a ligar nada ao que eu te estou a contar" e eu, que não gosto de te ver incomodada com nada, chuto para ti a resposta "Sabes bem que te oiço, aliás tu já estás distraída...", "Claro, com um pau desses à minha frente, assim descarado, assim atrevido...", voltaste a dizer, já o beicinho mais pequeno, já os olhos a brilharem.
Vieste, ajoelhaste-te à minha frente e sem pedir licença tiraste-mo da mão e brincaste tu com ele, "Que lindo que é o meu caralho, só meu", comentaste tu e ao mesmo tempo a tua língua passeou pela cabeça e logo os teus lábios a rodearam e então sim, era um morango, e mais uns segundos a tua boca apropriou-se dele e fizeste o que tão bem sabes fazer, o que tanto gostas de fazer: mamaste-o, mordeste-o, sempre com ele preso na mão, empurrei-te a cabeça a dar sinal que não podia mais, com a cabeça fizeste que não e eu explodi numa lava de esporra na tua boca, a tua mão não parava, eu desfazia-me em desejo e tesão, tu engolias tudo e eu percebi que às tantas dizias "É meu... é tudo meu..." e eu só sabia dizer o teu nome.
Separei-o da tua boca, empurrei-te pelos ombros, ficaste deitada na carpete, mergulhei direito à tua coninha e nela procurei e encontrei e bebi o mel que só tu tens, na minha boca te vieste uma, duas, três vezes, não sei bem, nem é importante, se calhar foi só uma vez em mil, se calhar foram mil vezes numa só, sei que o teu corpo se retesava de desejo e de arrepios que eu aproveitava para meu deleite.
Subi por ti acima, a minha língua passeando pelo teu corpo, foi com ela que descobri o caminho para a tua boca, beijei-te com o sabor de ti na minha boca, o sabor de mim na tua.
Peguei em ti ao colo, levei-te para a cama e adormecemos, as tuas costas contra mim, os meus braços a fazerem uma prisão onde sempre queres passar as noites.