terça-feira, 15 de setembro de 2009

Soneto a quatro-mãos



Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

3 comentários:

S disse...

Ainda bem que este poema aqui foi escrito. Assim pude lê-lo e senti-lo...

PEKADUS disse...

A quatro mãos..

É Vinícius de Moraes..está tudo dito..

Bjo grande em ti..T. ..

Abraço ao S. ..

Ficai bem :)

Bernardo Lupi disse...

Este vosso romance é contagiante! :)