domingo, 30 de agosto de 2009

A minha linguagem



Na verdade é "só" isto... :)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Volta depressa, meu amor...

Não me deixes ficar aqui neste deserto de lençol branco, onde fico como se fosse uma concha perdida num areal em dias de vento e de praias desertas...

Volta depressa para as minhas palavras, aconchega-te nos meus olhos, abre o teu corpo e deixa-me entrar nele e sermos nós outra vez. Vamos aprender a não saber onde começa um de nós e acaba o outro, vamos voltar a perguntar um ao outro "de quem é esta mão", ou "que boca é esta que me entontece...".

Volta depressa, deixa-me ver-te no duche, quando te ofereces aos meus olhos e brincas com o teu corpo para eu ver e eu morro em cada gesto teu, em cada suspiro teu...

Volta depressa e derrama sobre o nosso lençol as tuas pernas de pele morena e deixa-me beijá-las e sentir, delas, o calor e o perfume...

Volta depressa, meu amor, preciso de aprender a respirar outra vez, a rir e a amar-te...

Volta depressa, meu amor....

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Acordaste e...

O moreno da pele das tuas pernas contrastava com o branco do lençol, quando esta manhã me deixaste olhar para ti e ver-te na tranquilidade do teu acordar!

As tuas coxas de redondo suave, uma assente na outra, os pés nus entrelaçados como quem entrelaça as mãos, desnudaram-se aos meus olhos ávidos delas…

Debrucei-me sobre ti e beijei-as, passeei ao de leve pelas tuas pernas, beijei, de mansinho, os teus pés nus.

Beijei-te na face e disse-te “Bom dia, querida T…”, não sei sequer se ouviste.

Saí para que acordasses completamente e eu não estivesse presente. Não sei se sentiste a minha boca na tua pele, não sei se me ouviste… Outras coisas te disse enquanto te beijava, mas essas, por agora, guardo-as para mim…

Não sei dizer, por palavras que eu saiba escrever, o que senti nesse teu acordar que me ofereceste. Tão pouco sou pintor para desenhar em tela essa imagem que guardo no meu olhar e dentro de mim. Mas, se pudesse, era para uma pauta de música que transcreveria tudo… E bastava-me um piano para dizer a toda a gente como gosto de ti.

Desculpa, se sei pouco…

sábado, 15 de agosto de 2009

Porque preciso de descansar...

Só quero deitar-me no sofá e deitar a cabeça nos teus joelhos, nas tuas pernas...

Deixa-me fechar os olhos, não há mar neles... Dá-me a tua mão e deixa-me apertá-la, com a minha, contra o peito.

Não digas nada, deixa-me só deitar a cabeça nas tuas pernas e fechar os olhos...

Não vejas os meus sonhos, se eu sorrir é para ti, se eu chorar é por ti! Mas não digas nada, está bem?! Deixa-me só sentir a tua mão na minha e o perfume dela, mais nada!

Se me ouvires dizer um poema ou cantar uma canção, é para ti.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Música

Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada ...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio ...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente

que da nossa ternura anda sorrindo ...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

David Mourão-Ferreira



Para ti, que eu tanto amo..para ti que desejo a cada recordação nossa..
Saudades dos teus olhos, do teu corpo..das tuas mãos ansiosas por mim..
Amo...Amo-te!